UE adia prazos para empresas se adaptarem às regras da Lei de IA

Planos da UE para prorrogar o prazo para empresas cumprirem as regras da Lei de IAh2>

– b>A UE planeja adiar as obrigações de alto risco na Lei de IA até o final de 2027.b>p>

– b>Funcionários afirmam que as empresas precisam de mais tempo, mas grupos de direitos veem proteção mais fraca.b>p>

A Europa está se preparando para desacelerar partes de seu importante regulamento sobre IA, dando às empresas mais tempo para se ajustarem às partes mais rigorosas da lei. A Comissão Europeia anunciou esta semana que planeja adiar a aplicação das regras de IA de alto risco até dezembro de 2027, uma medida que segue meses de pressão de empresas de tecnologia globais e grupos empresariais.p>

O que o atraso abrangeh3>

As mudanças afetam partes da Lei de IA, que se tornou lei no ano passado e estava programada para implementar novos deveres para as empresas nos próximos três anos. As regras para sistemas de alto risco — como identificação biométrica, avaliação de crédito, triagem de empregos, serviços de saúde, exames, ferramentas de aplicação da lei, sistemas de tráfego e gestão de utilidades — deveriam entrar em vigor até meados de 2026. Com o novo plano, a aplicação completa não começará até o final de 2027.p>

Esses sistemas levantam preocupações porque podem influenciar decisões sobre a identidade de uma pessoa, acesso a serviços, movimentação ou direitos legais. A Comissão argumenta que as empresas precisam de mais tempo para atender às exigências técnicas e legais que se aplicam a essas ferramentas.p>

Pacote Digital Omnibush3>

O pacote Digital Omnibus também inclui mudanças ao b>GDPRb>, à b>Diretiva de Privacidade Eletrônicab> e à b>Lei de Dadosb>. Uma das ideias mais debatidas é uma atualização do GDPR que permitiria que empresas — incluindo Google, Meta, OpenAI e outras — utilizassem dados pessoais de pessoas na Europa para treinar modelos de IA. Isso dependeria de regras claras e salvaguardas, mas grupos de privacidade afirmam que pode enfraquecer as proteções que estão em vigor desde 2018.p>

Proposta de simplificação do consentimento de cookiesh3>

A proposta também pede regras de consentimento de cookies mais simples. As pessoas na Europa enfrentam constantes pop-ups ao navegar na web, e os reguladores afirmam que a maioria dos usuários clica em “aceitar” sem ler nada. A Comissão deseja permitir escolhas mais rápidas, reduzir solicitações de consentimento repetidas e estabelecer limites mais claros sobre quanto tempo as configurações de cookies permanecem válidas.p>

Apoiante argumentam que isso poderia reduzir a “fadiga dos banners” e tornar os sites mais fáceis de usar. Críticos se preocupam que um consentimento mais fácil possa abrir a porta para mais rastreamento, a menos que as regras sejam escritas com cuidado.p>

Motivação da Comissãoh3>

A Comissão afirma que a desaceleração não enfraquece sua posição sobre a segurança da IA. Funcionários argumentam que a Europa precisa de um conjunto mais claro de regras que as empresas possam realmente seguir, em vez de uma estrutura ambiciosa que se torne difícil de impor na prática. O atraso amarra várias obrigações à prontidão de padrões técnicos, que ainda estão sendo desenvolvidos com a indústria e reguladores.p>

Há também pressão de fora da Europa. Empresas de tecnologia dos Estados Unidos e da Ásia alertaram que regras rigorosas poderiam desencorajar investimentos ou desacelerar a pesquisa em IA na Europa. Alguns estados membros da UE compartilham essas preocupações e desejam mais tempo para que agências nacionais se preparem.p>

Grupos empresariais acolheram o tempo extra, afirmando que os prazos originais eram apertados e corriam o risco de confusão. Empresas que utilizam IA em saúde, bancos, contratação e serviços públicos argumentaram que precisam de orientações mais claras e passos de conformidade viáveis.p>

Críticas de grupos de direitosh3>

Defensores dos direitos digitais veem as mudanças de forma diferente. Grupos como os Direitos Digitais Europeus (EDRi) alertam que o pacote enfraqueceria os direitos de proteção de dados e tornaria mais fácil para grandes empresas coletarem dados pessoais. Eles afirmam que o atraso nas regras de alto risco pode deixar as pessoas expostas a sistemas que podem aprofundar preconceitos ou cometer erros em áreas sensíveis, como contratação ou policiamento.p>

Outros críticos argumentam que a UE está recuando de sua posição como um regulador rigoroso. Eles apontam momentos anteriores em que a Comissão aliviou a pressão sobre regras ambientais após a reação da indústria e dizem que essa mudança digital segue o mesmo padrão.p>

Próximos passosh3>

O pacote Digital Omnibus ainda precisa da aprovação do b>Parlamento Europeub> e do b>Conselhob>. Espera-se que os legisladores debatam a proposta nos próximos meses, e alguns podem pressionar por mudanças antes da votação. Mesmo após a aprovação, as datas exatas de início de algumas regras dependem de quando os padrões de apoio estiverem prontos, o que adiciona mais uma camada de incerteza para as empresas.p>

Por enquanto, a Europa está tentando equilibrar dois objetivos: proteger as pessoas de sistemas de IA arriscados e manter seu setor tecnológico competitivo. Os meses à frente mostrarão se o novo plano pode fazer ambas as coisas.p>

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