Perspectivas da IA na Indústria Farmacêutica com a Lei de IA da UE
A Lei de Inteligência Artificial (IA) da União Europeia (UE) promete transformar a forma como a indústria farmacêutica opera, trazendo tanto desafios quanto oportunidades. Especialistas acreditam que a implementação desta legislação poderá ser um processo complicado, à medida que o setor de ciências da vida tenta se adaptar às novas exigências.
Adaptação ao Mercado
À medida que a IA se torna uma parte integral do caminho de desenvolvimento de medicamentos, grandes empresas farmacêuticas, como Eli Lilly, Sanofi e BioNTech, têm incorporado essa tecnologia em seus processos. Parcerias com empresas de tecnologia, como a NVIDIA, têm sido formadas para impulsionar plataformas de IA e terapias para o sucesso no mercado nos próximos anos.
Desafios da Regulação
Embora a Lei de IA da UE vise proteger os cidadãos, existem preocupações sobre como ela poderá impactar os negócios. A legislação classifica o uso de IA em níveis de risco: inaceitável, alto, limitado e mínimo. Sistemas de IA considerados de risco inaceitável incluem aqueles que manipulam comportamentos indesejados e sistemas de identificação biométrica em tempo real.
A Lei de IA foi implementada em agosto de 2024, com a totalidade das suas disposições entrando em vigor em agosto de 2026. No entanto, algumas regras relacionadas à alfabetização em IA foram estabelecidas em fevereiro de 2025.
Impacto na Indústria
Empresas que não se adaptarem às novas diretrizes poderão enfrentar penalidades de até 35 milhões de euros ou 7% de sua receita global. A legislação não apenas busca proteger os direitos fundamentais, mas também criar um ambiente de confiança entre consumidores e empresas farmacêuticas.
Interseção com a Regulação de Dispositivos Médicos
A Lei de IA da UE interage com a Regulamentação de Dispositivos Médicos (MDR), que foi aprovada em 2017. Enquanto a MDR foca na segurança e no desempenho de dispositivos médicos, a Lei de IA busca garantir que a tecnologia não comprometa os direitos dos cidadãos. No entanto, a combinação dessas regulamentações pode representar um desafio adicional para as empresas, especialmente as menores.
Futuro da IA na Indústria Farmacêutica
As categorias de risco estabelecidas pela nova regulamentação podem oferecer benefícios para a indústria. A IA com risco limitado pode permitir que empresas aproveitem privilégios que aumentem a confiança entre investidores e usuários.
Além disso, a diferença nas regulamentações de IA entre países pode restringir a capacidade de treinar sistemas de IA em escala global. No entanto, uma implementação mais rápida da Lei de IA na UE pode posicionar as empresas europeias como líderes no setor, se comparadas a concorrentes de outras regiões.
Em um cenário em constante evolução, a regulação da IA na indústria farmacêutica não é apenas uma questão de conformidade, mas também de inovação e adaptação às novas realidades do mercado.