Malásia: Governança, Ética e Inovação para a Integridade da IA
A Malásia está em um caminho cauteloso, mas ambicioso, para avançar na inteligência artificial (IA), com um foco firme em garantir que seu desenvolvimento seja seguro, inclusivo e ético. A Aliança por uma Comunidade Segura enfatizou a necessidade urgente de um quadro ético abrangente e regulamentações claras para governar o uso da IA, à medida que essa tecnologia se torna cada vez mais integrada à vida cotidiana.
Colaboração Necessária
O presidente da aliança, Tan Sri Lee Lam Thye, destacou a importância da colaboração entre políticos, líderes tecnológicos, a sociedade civil e órgãos internacionais para desenvolver estruturas de IA que sejam responsáveis, seguras e inclusivas, alinhadas com os melhores interesses da humanidade.
Riscos da IA Não Regulamentada
Tan Sri Lee alertou que a IA não regulamentada apresenta riscos significativos, como:
- Quebras de privacidade
- Exploitação de dados pessoais
- Viés algorítmico
- Deslocamento de empregos
- Aumento da desigualdade econômica
- Disseminação de desinformação por meio de deepfakes
Proposta da Aliança
Em resposta a essas preocupações, a Aliança propôs um quadro regulatório de cinco pontos. Isso inclui:
- Introdução de leis de responsabilidade da IA para estabelecer responsabilidade legal por danos causados por sistemas de IA, especialmente em aplicações de alto risco.
- Exigência de transparência e explicabilidade nas decisões da IA que afetam indivíduos.
- Fortalecimento dos padrões de proteção de dados para prevenir o uso não autorizado de informações pessoais.
- Realização de avaliações de risco e processos de certificação para ferramentas de IA de alto impacto.
- Formação de órgãos de supervisão pública independentes para monitorar a conformidade e resolver queixas relacionadas à IA.
Código de Ética e Integridade
Central à visão da Aliança está o desenvolvimento de um Código de Ética e Integridade para a tecnologia de IA. Este código prioriza:
- Dignidade humana
- Justiça
- Honestidade
- Responsabilidade ambiental
- Inclusividade
- Colaboração
Tan Sri Lee afirmou: “Para humanizar a IA, devemos garantir que considerações éticas, transparência e empatia sejam incorporadas em seu núcleo.” Ele acrescentou que a IA deve servir para realçar o potencial humano, não substituí-lo, e que seus benefícios devem ser compartilhados equitativamente entre todos os segmentos da sociedade.
Compromisso da Malásia com a IA
A Malásia está comprometida em avançar na IA, enquanto se concentra em garantir que seu desenvolvimento seja seguro, seguro e inclusivo. O país visa aproveitar a IA para impulsionar a inovação e o crescimento, ao mesmo tempo em que protege a confiança pública e promove a justiça.
A abordagem da Malásia em relação à governança da IA é cautelosa, mas visionária, utilizando as Diretrizes Nacionais sobre Governança e Ética da Inteligência Artificial (AIGE) como seu quadro principal. Embora não haja planos imediatos para uma legislação dedicada à IA, o governo vê a AIGE como um passo fundamental para futuras legislações.
Princípios da AIGE
As diretrizes promovem princípios de justiça, privacidade, responsabilidade e inclusividade. Embora apoiadas por stakeholders da indústria, a AIGE permanece voluntária, mas influente.
Criando o Conselho Consultivo de IA
Além disso, a Malásia criou o Conselho Consultivo de Ativos Digitais e Inteligência Artificial para fortalecer seu papel na economia digital global. O conselho, composto por especialistas locais e internacionais, guiará o desenvolvimento de políticas alinhadas com as melhores práticas internacionais, atendendo às necessidades únicas da Malásia.
Desenvolvimento de um Quadro Regulatório
Com a crescente potencialidade relacionada à IA, a Malásia permanece vigilante, buscando equilibrar os imensos benefícios da inovação impulsionada pela IA com a necessidade de proteger a segurança pública, a confiança e os padrões éticos por meio de regulamentação cuidadosa.
Capitaneado pelo Escritório Nacional de Inteligência Artificial (NAIO), o país está elaborando um quadro regulatório para orientar o uso ético e responsável da IA. Este esforço, impulsionado pela cooperação interministerial e um Grupo de Trabalho multidisciplinar, busca abordar potenciais abusos, fortalecer a segurança nacional e fechar lacunas de governança.