A Lei de IA da UE: Um Guia de Inovação para Conselheiros Jurídicos
A Lei de IA da União Europeia (UE) está se tornando um marco importante para as organizações que buscam equilibrar inovação e conformidade regulatória no uso de inteligência artificial generativa. Este estudo examina como a legislação pode servir como um guia para a inovação, em vez de uma barreira.
Desafios da Conformidade Regulamentar
À medida que as lideranças dos departamentos jurídicos exploram a aplicação da inteligência artificial generativa, surgem desafios significativos. Um dos principais obstáculos é a compreensão das regras que se aplicam em diferentes jurisdições, que podem se sobrepor a outras leis. Por exemplo, uma estrutura de conformidade para uma lei de privacidade de dados pode entrar em conflito com requisitos de conformidade antitruste.
Com a introdução da IA, essa confusão se amplia. A implementação da IA pode gerar questões que se entrelaçam em várias atividades corporativas, além das exigências estabelecidas por leis específicas de IA que estão surgindo.
Guardiões de Conformidade
Após mapear a complexa rede de requisitos sobrepostos, as organizações precisam implementar políticas e procedimentos que funcionem como guardiões de conformidade. Essa tarefa pode ser desafiadora, especialmente à medida que as regulamentações tentam acompanhar o rápido avanço tecnológico.
Embora algumas organizações vejam esses desafios como barreiras à inovação, é possível aproveitar os requisitos de conformidade como uma forma de avaliar riscos e um roteiro para a inovação responsável.
Postos de Guia para Inovação
Os líderes jurídicos que se sentem despreparados para enfrentar os riscos relacionados à IA generativa podem considerar a Lei de IA da UE e outras regulamentações como pontos de referência para inovar e evitar riscos indevidos. A orientação inicial da Comissão Europeia aborda aspectos como a definição de IA e práticas de IA proibidas.
Essas diretrizes complementam as disposições da Lei de IA da UE que proíbem certos sistemas de IA e impõem requisitos de literacia em IA nas organizações que introduzem novas formas de IA. Provisões adicionais relacionadas à IA generativa e governança entrarão em vigor em agosto de 2025.
Regulação em Nível de Produto
A Lei de IA da UE introduz a regulação em nível de produto para sistemas considerados de alto risco. Esses usos de alto risco estão sujeitos a requisitos rigorosos, como registro de atividades, processos robustos de avaliação e mitigação de riscos, e uma alta segurança cibernética.
Assim, a maioria dos sistemas de IA em uso se enquadra em categorias de risco limitado, mínimo ou nenhum risco. Sistemas de risco limitado devem atender a certos requisitos de transparência, como a obrigação de informar os usuários sobre a interação com IA.
Conclusão
Com a IA generativa levantando mais especulações e experimentos na área jurídica do que qualquer outra tecnologia nas últimas décadas, é essencial que as organizações alinhem suas inovações com a gestão de riscos. Uma abordagem equilibrada permite que as organizações utilizem a conformidade para habilitar a inovação e facilitar abordagens sustentáveis que funcionem em conjunto com o design e a experimentação tecnológica.