Assistência da Lei de IA da UE na Transformação do Setor de iGaming
A inteligência artificial (IA) está transformando o setor de iGaming. No entanto, a iminente implementação da Lei de IA da União Europeia promete redefinir a forma como os operadores de jogos utilizam e gerenciam as tecnologias de IA.
A Lei de IA e o futuro dos jogos
A Lei de IA representa uma revolução dentro da Europa. As empresas de jogos usam IA para diversos fins, como reconhecimento facial e análise de dados comportamentais. Isso significa que “certas ferramentas de IA exigiriam que os operadores de jogos realizassem uma avaliação de risco”, uma vez que sistemas de IA de alto risco enfrentam um exame rigoroso, especialmente no que diz respeito a biometria facial.
A utilização do reconhecimento facial implica que “o cliente ou jogador precisa ser informado e consentir o uso da IA”, esclarecendo que onde o uso da IA apresenta riscos elevados, medidas de conformidade aprimoradas devem ser aplicadas. Isso inclui a adesão a um código de prática universal que está sendo desenvolvido ao lado da Lei de IA.
Mapas de conformidade para IA de alto risco
Os operadores de jogos devem elaborar códigos internos de prática para o uso de IA, utilizando o modelo fornecido pela Comissão Europeia como base. É igualmente importante realizar um inventário das aplicações de IA para classificar adequadamente os níveis de risco. Por exemplo, a IA usada internamente para redigir contratos pode ser considerada de baixo risco, enquanto a IA para reconhecimento facial é classificada como de alto risco, exigindo uma “avaliação de risco aprimorada”.
O interesse regulatório proativo já é visível, com autoridades como a Autoridade de Jogos de Malta começando a emitir “pesquisas para titulares de licença da indústria sobre quais tecnologias de IA estão utilizando”. Isso sinaliza uma mudança de cautela para ação imediata, sublinhando a necessidade de os operadores começarem a alinhar seus mapas de desenvolvimento de IA com a lei.
Equilibrando regulamentação e inovação
A estrutura de governança da IA da UE compreende vários órgãos projetados para regular e facilitar o avanço responsável da IA. Haverá um sandbox regulatório de IA, um regime regulatório leve para startups que oferecem IA como serviço mediante pagamento. Essa estrutura visa prevenir a obstrução da inovação, ao mesmo tempo em que garante a proteção e a confiança dos jogadores.
A criação de um escritório de IA da UE apoia a evolução legislativa e promove um diálogo contínuo entre partes interessadas, incluindo provedores de IA e operadores de jogos. É recomendado que os participantes da indústria acelerem suas preparações, apesar da expectativa de cinco a dez anos para a implementação total. “Recomendamos iniciar a familiarização ou, pelo menos, redigir algum tipo de código interno para o uso da IA”, afirmam especialistas.
A Lei de IA da UE moldará o uso de IA de alto risco dentro do iGaming através de obrigações claras de conformidade e mecanismos de governança. Os operadores são instados a tomar medidas imediatas: inventariar ferramentas de IA, implementar avaliações de risco e desenvolver códigos de prática que priorizem a transparência e os princípios de jogo responsável.
Eventos Futuro
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