Diretrizes da Comissão Europeia sobre Definição de Sistemas de IA

Diretrizes do Comitê Europeu sobre Definição de Sistemas de IA

No dia 13 de fevereiro de 2025, foi publicado um rascunho de diretrizes pelo Comitê Europeu que aborda a definição de sistemas de Inteligência Artificial (IA) sob o Ato de IA da UE. Essas diretrizes têm como objetivo esclarecer a aplicação prática da definição presente no Artigo 3(1) do Ato de IA.

Definição de Sistema de IA

De acordo com as diretrizes, um sistema de IA é definido como “um sistema baseado em máquina que é projetado para operar com níveis variados de autonomia e que pode exibir adaptabilidade após a implementação. Para objetivos explícitos ou implícitos, ele infere, a partir das entradas que recebe, como gerar saídas, como previsões, conteúdos, recomendações ou decisões que podem influenciar ambientes físicos ou virtuais”.

Essa definição é fundamental para que as organizações possam determinar se um sistema de software se classifica como um sistema de IA, facilitando assim a aplicação efetiva das regras estabelecidas.

Diretrizes Não Vinculativas

É importante ressaltar que as diretrizes sobre a definição de sistema de IA não são vinculativas. Elas foram elaboradas para evoluir ao longo do tempo e serão atualizadas à medida que novas experiências, questões e casos de uso surgirem.

Classificação de Sistemas de IA

O Ato de IA visa promover a inovação enquanto assegura altos níveis de saúde, segurança e proteção dos direitos fundamentais. Para isso, classifica os sistemas de IA em diferentes categorias de risco, incluindo:

  • Proibidos
  • Alto risco
  • Aqueles sujeitos a obrigações de transparência

Desde 2 de fevereiro, as primeiras regras sob o Ato de IA estão em vigor. Isso inclui a definição de sistema de IA, a promoção da alfabetização em IA, e o uso proibido de IA que apresenta riscos inaceitáveis na UE.

Diretrizes sobre Práticas de IA Proibidas

Além das diretrizes sobre a definição de sistema de IA, o Comitê também publicou as Diretrizes sobre práticas de IA proibidas, conforme definido pelo Ato de IA. Essas diretrizes têm um papel crucial na proteção dos usuários e na regulação do uso da IA no mercado.

Conclusão

Embora as diretrizes atuais sejam um rascunho, o Comitê Europeu ainda não indicou quando elas poderão se tornar finais. O acompanhamento contínuo e a adaptação às mudanças no cenário tecnológico são essenciais para garantir que a regulação da IA permaneça eficaz e relevante.

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