Como os fornecedores de canal estão respondendo ao Ato de IA da UE
Desde a entrada em vigor do Ato de IA da UE, o discurso habitual sobre a inovação em IA no canal de TI começou a coexistir com questões mais amplas sobre conformidade e confiança. Para os revendedores, MSPs e parceiros, as conversas incluem como atender aos novos requisitos legais, incorporar responsabilidade desde o início e garantir que o risco seja compartilhado.
Definindo “IA de alto risco”
A conversa começa com uma pergunta aparentemente simples: o que é “IA de alto risco”? Para alguns especialistas, a resposta vai direto ao cerne da integridade e confidencialidade dos dados. Qualquer sistema que toque dados críticos — através de controles de acesso, detecção de intrusões ou remediação automatizada — se enquadra na categoria de alto risco. No entanto, muitos sistemas de IA não estão equipados com a monitorização contínua ou auditoria transparente que o Ato da UE exige. Sem isso, os clientes podem facilmente não atender à conformidade.
Estratégias de redução de risco
Além dos aspectos legais específicos do Ato de IA da UE, um aspecto fundamental se destaca: o que o risco da IA realmente significa para o canal? A resposta, ecoada por todos os fornecedores, sempre retorna aos dados — não apenas à sua qualidade e origem, mas também às complexidades de custódia, interpretação e confiança. O risco é simplesmente sobre conformidade ou sobre a capacidade de entender e controlar os dados que fundamentam cada decisão de IA?
Se dados não estruturados forem ignorados, eles podem representar um risco significativo — arquivos desatualizados, conjuntos de dados sem proprietário ou conteúdo redundante que reduz a integridade do modelo. Para mitigar esse risco, as organizações devem mapear e classificar o cenário de dados, estabelecendo cópias de ouro — conjuntos de dados seguros e imutáveis que são a única entrada confiável para a IA.
Colaboração impulsiona a conformidade
O que se destaca nessas conversas é que poucos fornecedores acreditam que uma IA responsável possa ser alcançada apenas por meio de tecnologia ou conformidade. Existe um consenso amplo: nenhuma solução, ferramenta ou regulamento único pode responder a todas as perguntas sobre o risco da IA. Em vez disso, é a parceria e a colaboração que moldam não apenas como a IA é desenvolvida e adotada, mas também como a conformidade se torna um compromisso contínuo e compartilhado.
Conformidade versus inovação
Quando se trata de IA, a linha entre conformidade e inovação nem sempre é clara. As organizações são forçadas a escolher entre as duas?
A resposta é não. A segurança e a conformidade podem, de fato, permitir a inovação, em vez de inibi-la. Com as tecnologias certas, o potencial da IA pode ser utilizado ao máximo enquanto ainda atende às demandas regulatórias.
Considerações finais
O Ato de IA da UE trouxe a conformidade e a gestão de riscos para o centro da conversa no canal. No entanto, as organizações que prosperarão não são aquelas que tratam a conformidade como um exercício de caixa, mas aquelas que fazem da transparência, parceria e responsabilidade parte de suas operações diárias.
Três pontos principais se destacam:
- Os dados são mais importantes do que nunca. A qualidade, a rastreabilidade e a custódia são inegociáveis para quem implementa IA.
- A conformidade não é um projeto único ou uma revisão anual. É um processo contínuo embutido na arquitetura, documentação e prática cotidiana.
- Nada disso acontece isoladamente. O sucesso da IA no canal é um processo colaborativo e iterativo — nenhum fornecedor, parceiro, distribuidor ou tecnologia possui todas as respostas para implementar a IA de forma responsável e sustentável.