Empresas Europeias e Americanas Pedem o Atraso da Lei de IA
No dia 4 de julho de 2025, um conjunto de empresas de destaque na Europa e nos Estados Unidos enviou uma carta à Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, solicitando que a implementação da Lei de Inteligência Artificial (IA) fosse adiada por pelo menos dois anos. As empresas argumentam que a legislação proposta poderia prejudicar o desenvolvimento da IA na União Europeia.
Assinaturas de Organizações Importantes
A carta é assinada por 45 organizações, incluindo grandes nomes como ASML Holding NV, Airbus SE, e Mistral AI, a contraparte francesa da OpenAI. Além disso, grupos que representam empresas como Google e Meta também se opõem à Lei de IA por razões semelhantes.
Implicações da Lei de IA
Uma porta-voz da Comissão Europeia havia afirmado anteriormente que as regras para modelos de IA de propósito geral (GPAI) entrariam em vigor em 2 de agosto, com a aplicação dessas regras programada para começar em 2026. As empresas estão exigindo uma abordagem regulatória mais amigável à inovação para as regras que se aplicam a modelos de IA de propósito geral e sistemas de IA de alto risco.
Proposta de “Parada do Relógio”
Na carta, é mencionado que, para abordar a incerteza que essa situação está criando, as empresas pedem à Comissão que proponha uma “parada do relógio” de dois anos na Lei de IA antes que as principais obrigações entrem em vigor. De acordo com a Lei de IA, todas as empresas são obrigadas a testar rigorosamente seus modelos quanto a viés, toxicidade e robustez antes de liberá-los ao público.
Exigências para Desenvolvedores de IA
Os desenvolvedores de IA também devem fornecer à Comissão Europeia documentação técnica, cumprir as leis de direitos autorais da UE e serem transparentes sobre o conteúdo utilizado para treinar seus algoritmos. Cada empresa de IA deverá enviar relatórios sobre a eficiência energética e incidentes graves à Comissão Europeia.
Importância da Regulação de Qualidade
A carta conclui afirmando que essa postergamento, combinado com um compromisso de priorizar a qualidade regulatória sobre a velocidade, enviaria um forte sinal aos inovadores e investidores de que a Europa está levando a sério sua agenda de simplificação e competitividade.